Clarice Stabenow
2 min readJan 21, 2022

Você me entristece

E antes que eu aprenda a lidar com o tanto de significados que me causa

Sinto em mim a necessidade de não te permitir a me afetar em mais nada, até que o nada se reconstrua em outra coisa, melhor, ou menos dolorosa

E antes, também, que me esqueça, eu sinto tudo e penso tudo, esmigalho tudo para que nenhum detalhe passe despercebido e confesso que ao pensar assim, vejo a ti frágil e sem muito ao que recorrer

Quero sim conversar sobre todas as tantas e outras coisas que já pude sentir, mas calculo que nada te afeta a ponto de te fazer descer desse monte de pedras pontiagudas, amontoadas em alguma época que não querias te aproximar de mais ninguém e terminou por nunca mais saber como voltar. Esqueceu que eu ainda estava aqui te esperando

A espera me machucou tremendamente, de forma que passei a ignorar o tempo que ela utiliza para entregar coisas, para infligir coisas, para sentir as coisas

“Quando a mente não pensa, o corpo padece” e o meu corpo padeceu de ti, padeceu da espera infindável, dos esguios e tímidos “eu me importo". Sinto aqui que dói, mas é uma dor velha, uma dor que faz lembrar algo que já não ocasiona importância e eu se fosse tu desceria do monte e agiria como gente que erra e aprende com o erro, que se frustra e segue em frente, somos inacabados e isso explicita tudo de novo que ainda não nos foi mostrado

Eu não quero mais te ensinar nada, por enquanto fechei as portas de acesso e me vejo em posição de luta contínua até estar suficientemente a postos de dizer “tchau”.

No responses yet